Um dia
eu e a sabedoria
compartilhamos do mesmo rio.
Beber dessas águas,
sover essas líquidas tonturas,
saber-se saciado quase levou-me a loucura
da realidade realmente real e desconhecida.
Um dia
enquanto o céu aluia
pareciamos o mesmo instante.
O mesmo encanto da mesma luzidia
encantadora lembrança de um movimento
de sonhos e folias:
eu cria e quase morria em pessoa,
em outras figuras figurativas.
Um dia
eu e a poesia
enlouquecemos tantos sentidos
que construimos moinhos
para derrubá-los
com indeléveis vertigens ignoradas
das manhãs reconhecidas.
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