A pele do planeta precisa respirar,
precisa também de água,
mas criamos pavimentações
cada vez mais impermeáveis
que é certo que suas veias,
seus líquidos subterrâneos
mínguam, esvaem-se
na sede infinita das cidades
e dos seres habitados
em suas particularidades de consumo.
Cada dia mais concreto, cada vez mais asfalto,
a cada tempo mais refletores, mais vidros e mais espelhos,
mais carros, mais baterias, mais e mais e mais...
Recursos hoje faltam, amanhã findam!
De nada vale uma pele morta e uma imagem cinza!
Deixem as superficialidades
permitam que as cores que medram de dentro da terra
revelem-se aos nossos olhos!
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