quinta-feira, fevereiro 01, 2018

Poe(ta?)ma!






O poema não diz, sangra o poeta!
Se queres me ouvir, leia-me!
Verso torto, não se sabe
e acontece de repente,
sim, porque o poema é poente,
última borboleta do dia:
P-O-E-S-I-A!
À noite será outro esquema.
Poeta dos falsos poemas,
dobre as tuas feridas,
recolhas a misericórdia
e como se a manhã não se houvesse,
descuide de tudo e parta.
Pode ser que chova, mas não te sufoques.

O poema? O poema não diz,
corta...
taciturnamente o artesão se afasta:
aquilo não era palavra,
era foice...
e a chuva não era lágrima,
era ácido...
Não te enlouqueças por tão pouco.
O fato é sempre central (?),
marginal é a conseqüência (!).
O poema sobre o poema:
um poema, uma pedra no caminho, um sei não, um talvez...
Mas não há quem se prive do sermão,
o poema não se deve a razão,
ele é o esperma,
medíocre perfeição...
o Poe(ta?)ma!


Um comentário:

Unknown disse...

oi, professor sou eu adson do 7(setimo ano A)