segunda-feira, julho 14, 2008

Sem poesia eu me rendo!

Qualquer que seja o verso:
que seja em verso
ou prosa figurativa,
enovelada de sentidos dispersos.
Qualquer que seja a escola,
que seja tida em verso
do mais longínqüo ao mais eterno,
com as propriedades da loucura.
Qualquer que seja a estação:
sombria, iluminada, luzídia
traga o meu coração à mostra,
posto ao golpe humano.
Qualquer que seja a condição,
que traga estranheza e magia,
que seja ríspido e forte
com contrárias levezas e doçuras.
Qualquer que seja o verso
que seja poético extremamente,
que faça com o olhar um giro,
que interfira nas horas frias.
Qualquer que seja a palavra,
a alva em negra criptografia,
que seja em mim universo,
que me refaça dia a dia, poesia!

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