quarta-feira, janeiro 23, 2013

canção da praia virgem




Areia nua, clara, deserta
de passos, de restos, de sobras
pequenas conchas, a certa
altura: verde, das folhas, nas rochas.

Céu aberto quase sempre,
sol queimando o corpo exposto
vento dançando qual serpente:
lentes escuras sobre o rosto.

Mar verdejando os olhares
ondas: que te queres o tempo?
para todo e qualquer movimento 
sonhos perpendiculares.

Espuma, estiagem, a quebra 
deita toda a força sobre a pedra 
e a imagem refletida reverbera
o canto: fluído de uma espera.

Virgem, já não pareces, uma lenda 
nem tua areia, nem teu mar profundo
nem teu céu, nem tua espuma.
praia: lindo e pleno é o teu conjunto!





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