quinta-feira, novembro 21, 2013

mortalidade



Não sou dono de terras, 
ruas, praças, estradas, 
nada detém o meu nome. 
Nasci para dar cheiro de palavra:
não dar o gosto, dar o cheiro!
Cheiro de barro, de pedra molhada,
cheiro de café com rapadura.
Meu nome não-preso a nenhuma lousa, 
sem denominar venda, casa, cemitério. 
Não sou doutor de nada eterno,
só a poeira do dia resta em meu suor... 
só os meus passos restam de meu ardor... 
só os olhos puxados do meu amor,
só o amor!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem genialidade nisso!!

Michele (sem lugar e sem logar!!)