Não minta o mundo com tantas fórmulas,
enredos engendrados em soberba de classe,
maculados de tradições de animus
e nenhum progresso de confrarias.
Não há direito sem prerrogativa!
Os partidos repartem os homens
e alguns acham belo o crescimento econômico
acreditando que ascendem socialmente.
A língua aproxima e afasta,
à tecnologia digital não basta a palavra,
meu coração bate e rebate como máquina...
(imagine uma aranha voando e pousando na vidraça!)
Tudo que é criação ultrapassa
e além desagrega a realidade:
"só a imaginação pode chegar perto da verdade!"
domingo, janeiro 31, 2010
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Fale com minha mão
Quando ao tempo da raiva se esquiva
no tropeço da noite e do dia,
tipo passos na escuridão.
Vem na nebula, cabuloso prisma,
vem rasgando vingança e cisma:
reta entortando a razão!
Não quer teimar olho a olho,
palavra então teima em vão,
caso ao verdugo o revolto:
fale com minha mão!
A dicção é precária e supre
a ilusão da ilusão que a ilude
na manufatura do cão.
Deita a errata à mingua do erro,
às unhas que limam o desespero
do golpe da divisão.
Não quer teimar olho a olho,
palavra então teima em vão,
caso ao verdugo o revolto:
fale com minha mão!
no tropeço da noite e do dia,
tipo passos na escuridão.
Vem na nebula, cabuloso prisma,
vem rasgando vingança e cisma:
reta entortando a razão!
Não quer teimar olho a olho,
palavra então teima em vão,
caso ao verdugo o revolto:
fale com minha mão!
A dicção é precária e supre
a ilusão da ilusão que a ilude
na manufatura do cão.
Deita a errata à mingua do erro,
às unhas que limam o desespero
do golpe da divisão.
Não quer teimar olho a olho,
palavra então teima em vão,
caso ao verdugo o revolto:
fale com minha mão!
sexta-feira, janeiro 01, 2010
olhar distante de antes
Tenho a sua idade, descalço na rua de minha criança eu creio que crio.
Meu pai me olha de longe, de longe a porta aberta e as janelas abertas e seus olhos abertos, os olhos de meu pai, de meu pai que está longe e seus olhos estão tão perto da minha volta em tudo que envolve em minha criança.
Minha mãe chega mais perto e me traz pela mão: "cresce pequeno, não há que faça dessas coisas de inventar imaginações."
Invento. Não entendo muito, tenho sua idade... acho que passos tenho tantos,
só que olhos, aprendi, não podem envelhecer!
Meu pai me olha de longe, de longe a porta aberta e as janelas abertas e seus olhos abertos, os olhos de meu pai, de meu pai que está longe e seus olhos estão tão perto da minha volta em tudo que envolve em minha criança.
Minha mãe chega mais perto e me traz pela mão: "cresce pequeno, não há que faça dessas coisas de inventar imaginações."
Invento. Não entendo muito, tenho sua idade... acho que passos tenho tantos,
só que olhos, aprendi, não podem envelhecer!
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