terça-feira, março 22, 2022

certames infantes quiméricos

 

Venta, 

a manhã se anuncia breve de nuvens!

Nada que aprendemos nas enciclopédias,

nos dicionários denotativamente obsoletos,

nem o aturdir de asas rufladas ao fim da tarde,

nada, nada se mantém em sempre!

Só uma coisa, uma ideia, faz-se ao sempre 

das manhãs que essas nuvens teimam: 

venta! 

Venta

e preso à linha, ao carretel, à mão 

que solta e prende e inflige e revolta,

o menino voa em papagaios - naves imagináveis, 

praticando assaltos aéreos de combate, 

retirando do celeste azulado, cor tal distante,

inimiga dos frontes infantis e das venezianas vizinhas,

abatendo entre rasantes, buscadas e rabiolas e:

venta!

Venta, 

só o grassar involuntário dos pássaros 

é permitido no céu de criança mercante, 

munida de fragmentos de vidro e óxidos 

e polivinis acetados, transformados em elos

cerolados de confrontos em glórias juvenis... 

em táticas de enlace e aparo de tensões, 

mesmo que diluído, examen do céu e ainda

...

venta!