Minh’alma
é o meu mundo,
é
o teu mundo,
quantos
mundos adivinhar.
Cato
conchas coloridas,
o
sol se esconde no mar
calando
minhas mãos,
mas
ai de alma desistir!
Faço
um colar de lendas
a
espera que compreendas,
que
te guardo num pedaço de papel
e
te escuto, sem querer, ao olhá-lo
e choro!
Molho
teu colar de lembranças,
o
meu corpo te espera, calado
para
desfalecer de amor.
A
carta desfeita pelo olhar
conserva
a voz da palavra.
Eu
luto,
eu
grito teu nome,
eu
quero teu gesto calado,
o
olhar de um talvez possível;
a
mão, leve, sobre a sombra
que
é o meu corpo perto do teu corpo:
conchas
moldadas no seio do amanhã!
Teu
beijo é eterno
como
a espuma sobre a areia,
como
o vento que move as dunas
do
meu tácito deserto.
Encosta
teu peito feroz e cansado
sobre
os meus seios,
demora
em mim tuas poucas palavras.
Há
um pedaço de vida em cada suspiro,
Há
uma canção imortal nos teus
movimentos.
Deixo-te
exigir ao passo que serves:
o
que há de melhor no corpo
é
a sua capa protetora,
é
a sua eterna sonhadora pele!
b. monvinne