Ah, menina! Queu te pego e te
conto o mundo!
Vês? Não era isso,
aqui, ali, lá, depois
do labirinto de tua
cabeça, ninha?
Ah, menina! Queu te falo o
fogo, a brasa!
O teu coração, não caberia
em tuas mãozinhas
de deslizar em
nuvenzinhas!
Ah, menina! Queu te mostro um
jeito de dar-te asinhas!
Danças a textura
do quinto dos mistérios
de amores alados na alma,
ninha?
Ah, menina! Queu te sei, queu
te sonho a vida!
Então me beijas inexata
num tremor e desvario
de
segundos tão frágeis, ninazinha!
Ah, menina!