Nenhuma palavra me basta
e faz um bom tempo que não liberto
nenhum verso,
nenhuma camada que exposta
retire peso, pedaços, postas...
Ninguém que explique a ausência de respostas,
nada aqui, nada que detenha-se amorfa
e, desorientado nesse universo
não atribuo culto,
não recorro ao discurso adverso,
somente resto, somente me perco
na solidão dos aspectos duvidosos...
Nenhuma palavra me rasga
e corta como antes e antes e antes...
nenhuma peleja,
nenhuma coisa, mecha, joça...
Ninguém que me alveje propostas,
tudo ali, tudo na mesma toada
e, desmedidas inovações do tempo,
o que fazer do sentimento
que não vai com o vento
que passa e passa e passa...
... que nunca passa na hora
que precisamos ruflar nossas asas!