Venta,
a manhã se anuncia breve de nuvens!
Nada que aprendemos nas enciclopédias,
nos dicionários denotativamente obsoletos,
nem o aturdir de asas rufladas ao fim da tarde,
nada, nada se mantém em sempre!
Só uma coisa, uma ideia, faz-se ao sempre
das manhãs que essas nuvens teimam:
venta!
Venta
e preso à linha, ao carretel, à mão
que solta e prende e inflige e revolta,
o menino voa em papagaios - naves imagináveis,
praticando assaltos aéreos de combate,
retirando do celeste azulado, cor tal distante,
inimiga dos frontes infantis e das venezianas vizinhas,
abatendo entre rasantes, buscadas e rabiolas e:
venta!
Venta,
só o grassar involuntário dos pássaros
é permitido no céu de criança mercante,
munida de fragmentos de vidro e óxidos
e polivinis acetados, transformados em elos
cerolados de confrontos em glórias juvenis...
em táticas de enlace e aparo de tensões,
mesmo que diluído, examen do céu e ainda
...
venta!