Mulher de sonhos azuis
perdoa-me se te desfiz
porque eram mais lívidos os meus sonhos
e porque os sonhar me era custoso.
Eu não tinha... eu não havia...
Alguma forma escondida.
Mulher de vertigens, inclinada.
Teu silêncio é a voz que anuncia a aurora
E o teu olhar é celeste,
é silvestre:
espinhos do campo!
Mulher azul-distante,
voluptuosa flor encarnada.
Repousas do outro lado do abismo.
Percorrê-lo? Jamais? Sempre?
Lançar-me?
Mulher morta, paralítica, imóvel,
adormeces um desejo em cada traço.
Tu, um desenho,
ou ainda, um esboço.
Então podes me olhar:
quero perceber a cor de tua alma,
que o corpo
já sabemos,
flui da esferográfica!
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