terça-feira, março 17, 2015

o poema







Estou escrevendo um poema
que diga o que eu quero,
que pense o que eu espero.
Que seja impossível,
talvez improvável,
mas que possua defeitos;
não é preciso ser perfeito
pois a perfeição é objeto de museu.
Nem quero que fique
esquecido no papel.

Quero amá-lo calmamente
Pois é preciso paciência para amar
E para acrescentar novas versões.
Um (auto)poema
Repleto de intenções.
Um poema fosforescente,
A reter teu escuro,
teu olhar indecente.

Estou escrevendo um poema
que não seja racional
pois o raciocínio permite o engano
e não desejo um poema enganoso.
Quero o poema certo na hora certa,
um poema eterno
que não seja cego como os que julgam;
ao homem o invisível!

Estou escrevendo
um poema indiscutível,
quero que indague sentidos,
que faça chorar
que faça sorrir
um coração,

simplesmente...

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