De teus dedos fluí o silêncio...
Como canta o teu espanto
contra(?) o mundo e suas margens,
entre(?) os erros e os seus equívocos,
e do que fazes tua miragem
poetalítica-mitótica!
Assim, repara:
palavras flutuantes, mergulhantes,
afogantes
na forma argilosa do tempo,
no tempo pedaço-partido-atemporal:
cutâneas!
É em tua pele que a grafia arranha,
tatua, lasca
os sentidos sentimelosos, sentibelos,
sentimentalizados!
Então, respira:
frases lançadas, trançadas, poluídas,
sonolenta realidade fugitiva,
pelas dobras da carne e suas mitologias,
nas expostas amostras: poesia!
E, de tua voz...
ah! de tua voz
o silencio e o grito;
a tempestade e a calma-
- ria; distâncias refletidas que conclamam
substanciosas noturnas luzes,
olhos felinos revelindo
em teu canto...
outros cantos!
Um comentário:
As vezes so calamos o espanto, e interrompemos o fluir: nao se trata de não sensibilizar, trata-se de não vulnerabilizar.
Você sempre escreve bem, parabéns
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