ao mestre e amigo Antonio Carlos
- Fala comigo! Não falas, esses tristes dias se esvaem
onde se orquestra despertar um novo ano.
É madrugada e "que novas tristes são, que novo dano,
que mal inopinado incerto soa " .
O sono, o sono eterno dos que sonham,
não aquieta o choro dos que despertos oram!
- Fala comigo! Não falas amigo, mas eu sinto,
como se a inesperada das gentes também me esperasse
ao longo da madrugada, pelo taciturno alvorecer
e todas as canções fossem despedidas...
A manhã, a própria manhã, tão gris,
não compele as lágrimas do céu, dos anjos!
- Fala comigo, ó mabaral da educação!
E tua palavra é o silêncio físico da saudade
já refletida em aqueles que nem aqueles,
ou mais que esses, quiçá a todos que te encontraram...
Os dias, mesmo os dias refletirão os teus olhares
azuis, como era antes quando falavas comigo!
sábado, janeiro 26, 2019
sexta-feira, janeiro 04, 2019
24 de setembro de 2007
"O que importa a palavra se a
gente sente
bem lá no fundo d'alma uma coisa diferente,
um frio que queima sem a menor explicação,
uma certeza inexata que só sente o coração
e não é preciso palavra, sente-se à distância,
se tem gosto, aperto, olhar e fragrância"
bem lá no fundo d'alma uma coisa diferente,
um frio que queima sem a menor explicação,
uma certeza inexata que só sente o coração
e não é preciso palavra, sente-se à distância,
se tem gosto, aperto, olhar e fragrância"
B. Monvinne
Ouvi seu grito! Belíssimo
poema!
Poema abissal, profundo!
um poema de um poeta de corpo
e de sentidos, um poema
de um poeta preciso em
sentidos,
de uma beleza molhada sobre o
sol da manhã,
um poema de ler e ler e ler e
balbuciar a tentativa de volver
à memória na menor
necessidade,
uma resposta.
uma resposta poética.
uma resposta poética precisa.
um pouco cansado do barulho
das superfícies das palavras,
mergulho em sua resposta
e respiro meus sonhos de
gritos.
Ouvi seu silêncio! Poema
Belíssimo!
beijo de partida
O mínimo sopro de seu
sopro,
o instante de seus
lábios,
vão adormecer umedecidos
pela saliva que
provocaste
em secura de minha boca!
janeiro de 2002
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