sábado, janeiro 26, 2008

chuva rasa


molha o chão,
mas não minh'alma.
chuva rasa de verão

faz enxurrada,
mas não me leva.
chuva pouca, rasa

deita as flores,
mas não me lava.
chuva brasa de vapores

torna ao céu,
mas não me deixa.
escorre rasa no breu

2 comentários:

sblogonoff café disse...

Ei! Fiquei feliz com seu reaparecimento! Achei mesmo que algo de estranho havia acontecido no ano passado... Mas que bom que apareceu com exclamações! Fico melhor, pois eu gosto de você. Do cara e do artista, do proeta!
Esta chuva rasa é um ciclo, que passa, faz efeito, mas não deixa vestígios em você, embora seja a água que nunca lava, mas limpa de qualquer maneira!(Zé Ramalho). Agora que voltei à vida internética, virei sempre aqui!
Beijos e chuva!

alma livre disse...

hoje, minhas lagrimas fazem chuva em mim, e não acalma minh'alma, e não me move e não me deixa abrir os olhos vermelhos pros outros...
hoje, eu por dentro, conturbada, precisando tanto de um colo, mas não de mãe, nem de amigo, nem de namorado, de mim mesma!!!
...paz...
abraços
Laurinha