sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Os Rituais do Ritual

Eu costumo dizer que há poetas & POETAS. Estes são donos de uma sensibilidade tão profunda que beiram os aléns do abismo, aqueles são donos de um sensibilidade e de um olhar subvertedor. Cazuza foi um destes abissais. Para uma pessoa tão especial quanto abissal para mim. A você moça de Havem, sinta como se eu cantasse para você:

"Pra que sonhar, a vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado, calada, calada
Pra que buscar o paraíso, se até o poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo e fuxica, fuxica.
Tantas histórias de um grande amor perdido,
terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens,
Uma por uma, milhares de dias
Ao mesmo Deus que Ensina a prazo,
Ao mais esperto e ao mais otários
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Pra que chorar,
A vida é bela e cruel despida
tão desprevinida e exata que um dia acaba... acaba."





para você! Saudades! amo!

Um comentário:

sblogonoff café disse...

EEiii!! Então chego aqui e encontro outro presente! Um post!
Realmente, meu caro poeta, viver é perigoso, como dizia Guimarães Rosa. Mas encontrar flores nolixo faz a vereda valer a pena! E até o sertão!!! Ficamos mais fortes para os ritos de passagem!!
Adorei o post, adoro a música, adoro Cazuza (e o sorriso dele nesta foto), adoro você!!!