quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Cidade estranha

Aonde tardar um novo sonho
ao ver luzes e vozes?
O palco vazio não contenta
a palavra além de si destemida,
nem teme o gesto emoldurado.
Calar, se for pecado, ideias
que atentam o pensamento,
paralisar o movimento atrevido
que precisa a arte.
Quem grita contra o grito,
quem silencia o silêncio?
Neste lugar não há um lugar
que aceite o meu corpo alterado,
que aceite a tentativa do indizível.
Cá não cabe o que se espreita,
cidade que rejeita o sentimento
em versos.

Nenhum comentário: