segunda-feira, março 01, 2010

em quieta ação

A pele sob o pêlo
peleja contra o frio.
O medo do rascunho
reter o raciocínio,
rejeita o teu segredo
retifica meu destino.


A miséria se revela
e vela a vitrine.
O erro do inverno,
o espirro contra o vidro.
O cheiro do silêncio
anestesia o improviso.


O medo é um desejo que se esconde,
pisa o mato não sei onde...
Embriagada paira a luz no horizonte...
-Onde estás que não responde?


A alma se desfarsa
na farsa que é o corpo.
A busca do motivo
que dissolve o desconforto,
a dúvida do discurso
no impulso de um louco.

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