quarta-feira, abril 14, 2010

em protesto

Mudou-se o rumo da convicção
e a palavra ardeu na boca.

Dobrou-se a voz à febril miséria
das taciturnas ideias enganadas.

Mentiu-se, então, toda verdade
aos olhos do discurso deflorado.

Voltou-se ao não do curso proclamado
nos olhos dos pares margeados.

Remiu-se o incrédulo momentâneo
do presente que ora se fez nulo.

Postou-se pleno e destemido
mas passou em dedos autárquicos.

Negou-se a figura do semelhante
que avante luta pelos desvalidos.

Ateu-se à corja dos mal vistos
por favores de nome e costume.

Bastou-se apenas pelo poderio
de um persona sem intuito.

Afastou-se d’outros tantos confluentes
que outrora celebrara amigos.

Consumiu-se em esmo devaneio
como algum qualquer político.

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