sábado, maio 08, 2010

como outra madrugada

tornar em ser o esquecido
talvez o antigamente de olhar o céu da madrugada,
do canto escuro
no frio abraço do muro
outra vez iluminar o quintal
(no qual adolescia)
com traços de vagalume.

abrir o olhar, fechar então,
repetidos segundos de voo
entre as folhas escurecidas,
sobre o chão escurecido,
pousar por certas nuvens
por precisos silêncios
que alguns deixam ao sono
e, contudo, do canto escuro
da noite antiga
repousar
na remida laranjeira
um sonho adormecido
enquanto ao longe despendem as estrelas
e o sol imagina
uma manhã com novas asas!

Nenhum comentário: