terça-feira, fevereiro 24, 2009

Eu Nunca Saberei

www.flickr.com



Eu nunca saberei o que seria se
ao lado de você eu vivesse em
mudanças latentes de conduta e
esperas atiladas do além.

Nem poderei dizer-me feliz pois
estaria a dissimular velhos sabores, não
estaria sequer decompondo sóis
de um possível triste verão.

Não haverá discursos violentos mas
não se impressione com o mesmo
tom suave, se há in-certa paz
conforme a violência do beijo

provocaria uma onda, um frenesi ou
de uma imaculada sensação eu
deteria-me ao dizer quem sou:
a verdade (nossa?) num museu.

É tão triste sentar a beira da estrada,
perceber a borboleta no arame farpado
da cerca e crer na certeza inexata
da vida, se a tivesse tocado!

2 comentários:

roberta_ disse...

lindo lindo lindo!
adoro ler tudo que vc escreve!
saudades!
te adoro!
beijo meu!

sblogonoff café disse...

"É tão triste sentar a beira da estrada,
perceber a borboleta no arame farpado
da cerca e crer na certeza inexata
da vida, se a tivesse tocado!"

Achei seu último verso de uma profundidade de superar grandes canyons!

É porque seu poema (para mim) fala de escolhas, de uma realidade existente no reino dos "ses", onde o futuro do pretérito provoca um buraco no coração.

Algumas coisas a gente só sabe se tocar.

Outras, a gente sente só de ficar imaginando.