terça-feira, fevereiro 17, 2009

Sonho estranho, sem inspiração

Assustei-me,
não tenho mais medo
de certas coisas que antes certamente me fariam tremer.
Antes do medo do homem, o medo das coisas,
antes da dúvida,
antes das guerras, antes das táticas,
antes daquele há pouco presidente terrorista,
antes dos assassinatos por pequenas porções
da mentiras químicas e similares,
antes dos grupos paramilitares,
antes de castelos de interior,
antes da fome, da sede, da miséria dos prazeres,
antes dos esquemas, eu temia certos sistemas.
Mas... assustei-me,
medo não há, não mais.
Há o susto permanente com um jeito de pensar
para fora e para dentro.
Assim, como um sopro para o silêncio...
Eu sou assim e estava andando pelos passos
de pessoas que eu nunca acreditei,
deixando pegadas imaginárias às ilusões das dobras.
Mas o dia foi mais claro e as nuvens me refizeram,
trouxeram sonhos limpos e sonhos sujos
e eu mergulhei sem respirar
nas minhas águas mais profundas
onde eu céu desperta com a noite
e adormece com o sol
e sorri, pois todos sorriem sem saber
(não espere que eu saiba de nada!)
e longe Bob cantava:
"Vocês riem de mim por eu ser diferente
e eu rio de vocês por serem todos iguais!"

Nenhum comentário: