um semelhante,
penso: jamais igual.
Meu ontem me delata:
100 km de pedal.
Muito o sol, a água,
muito o alimento.
Tamanha a batucada aurora:
o candombe, o canto negro!
Não cabe à memória:
transborda amarrotado!
Sou meu canto
precipitando um desfocado...
Cada gota, o suor:
um arranjo a cortar o vento.
Amacia a noite, adormece:
ontem faz tempo!
Olha o rio cipó, molha
a mão no atlântico amanhã.
Penso: diferentificidades!
Sete horas da manhã...
Era antes e agora é nada:
um espinho no caminho.
Todos estavam onde estavam,
aconteceu, foi partindo...
Nascituro dia, prematuro ano,
quanta poesia poderia...
Não! Não adoça o sumo!
Mudo, o novo gritaria?
Nada de covardias cardeais:
os iguales, estes vazios.
Semelhantes, desiguais:
Um sentido maior sob os sentidos!
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