domingo, abril 12, 2009

Volumes também amam




Ah! Que volumes também amam!
Não amariam (?)
se por amor homens pisaram a lua,
dobraram papeis inutilmente,
manhãs se perderam em formas distantes.

Ah! Que volumes se aprazem!
Não teimariam
subtrair quantidades e tamanhos
consideráveis de puro prazer repentino.

Ah! Que volumes são úteis!
Não seriam (?)
Se somente a isto eles se deram:
satisfazer quando preciso.

Ah! Que volumes imperam!
Não diria tanta geometria:
são apenas sombras
alguma necessária alegoria.

Ah! Que volumes amam, amam!
Mas a quem importa, se urge
do necessário a obra,
se a forma é a própria poesia!

Um comentário:

Ramayana disse...

Falta Paixão...
Antes ocupado por um volume que ainda não encontrara igual.
Não será igual.
Ausência também é volume construção.
Volume é solidão. É encontro.
Encontro com o volume de si mesmo.