sexta-feira, setembro 25, 2009

escrituras

escrevo tão mal e ainda teimas em ler
cada linha reta na tortura de pensar
que se não me fosse permitido escrever
eu para o mal alheio viria de pintar.

Só porque talvez eu necessito me expor
sem que alguma vírgula ouse dividir
qualquer ódio que desabe sobre o amor
e mesmo o amor que chegou a não partir.

escrevo pela estrita escrita de remir
o que em mim nunca hei de encontrar
e é como um desejo de chegar a partir
ou como certeza de não falar sem calar.

2 comentários:

roberta_ disse...

coisa mais linda!!!!
saudade de vc poeta...ainda bem que tem teus escritos dai sempre venho aqui te ver! :)
beijos!

sblogonoff café disse...

Você sabe que não escreve mal,
e que quando escreve, entrega a redenção também aquem lê.

As linhas retas, as ruas tortas, as entrelinhas, todas têm destino que nem mesmo o autor supõe quando pensa por um segundo em deixar a página em branco.