Eu te menti,
Tu me mentiste.
Nós nos mentimos.
Nós nos metemos
onde não fomos chamados.
Eu – sem querer – te desmenti.
Tu – então – te espantaste.
Ruíam as tuas bases,
perdias a tua geografia.
Ousaste de súbito uma pirueta,
cantaste delírios proféticos.
Entregaste os pontos que nos atavam:
foste se afastando,
afastando,
fastando...
um dia não eras!
Nossos personagens percebiam:
esquecíamos
na verdade
nossa história!
Um comentário:
ao mentir que vivemos...esquecemos a nossa verdade!
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