Chega de mansinho a primavera,
no caminho para as borboletas,
chega de vermelho tom de rosa
e rosa no frescor do jardim.
Chega assim, com ipês amarelos,
com o lilás das buganvílias,
com os cravos sortidos e as alvas margaridas.
Chega de botão em botão a desabrochar,
com um ar de pólen no ar,
com pássaros diluindo no céu
plumas e cantos de açucena.
Chega num poema atrasado,
de begônias abertas e amores-perfeitos,
com motivos de lírios e dálias.
Chega com rubros de tulipa
e claros de dama em noite de baile,
chega com toques de gardênia,
com luzes de girassol
e com bailes de verônica.
Chega de mansinho, a primavera,
no caminho dos insetos que zunem
na manhã colorida da estação secreta
da vida!
Um comentário:
A gente sempre desabrocha na primavera.
Outros revitalizam-se em fotossínteses.
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