domingo, agosto 31, 2014

XXXV







Amaranta estava certa
um Aureliano só não tropeça!
Todas as ruas solitárias são mãos única,
as vias nasais têm duplo sentido...
Não se sinta só respirando
sem ônus de solidão
em cem anos de desação:
siga a meta da metáfora,
siga a metafísica da placa, da capa, da marca...
oriente o ocidente para fora desses acidentes:
la soledad
la soledad
ao soletrar soleil
reflita como um palhaço no ar
que há, que haverá de pousar
somente em risos
riscos, rastros, rabiscos,
aplausos,
gestos levemente confundidos...
A solidão come Amaranta,
dorme na estrada das reminicências...
Homens: tão nossos humanos,
seres que experimentam o destino!
Longa estrada, essa, que começa

e termina sem caminho!


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