domingo, agosto 31, 2014

XXXVIII




a Saulo Demichelli





Entramos pela porta da frente!
Chegamos como quem nada desejava.
Aprendemos a apreender a pouca vida
e a arquivar trens devidos.
Aprendemos a esquecer vestígios
que nada doeram – principalmente.
Fizemos de cada dia um erro diferente,
(quem liga mesmo para os acertos?)
crescemos...


Hoje começam a nos pedir licença:
besteira, não conseguirão de nosotros
esse retiro estúpido dos covardes.
Uns saltam das janelas,
outros tentam as escotilhas.
Nós atravessaremos todas as salas pisando verdades
e sairemos pela porta dos fundos,
mas somente depois de acreditar
termos rabiscado todas as paredes dessa casa,
com giz de cera e em letras encantadas,
como todo Gentileza...


Saímos do ciclo?

Não! Vamos ao Reciclo
(sambar) ou a Pasárgada!



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