domingo, setembro 21, 2008

Estranhos

a Moça Poeta



Se somos estranhos com olhos de ver o mesmo mundo,
com mãos de tocar os mesmos tecidos,
é por que somos humanos.
Se somos humanos com sonhos distante uns dos outros,
com um jeito tão distinto de ontem,
é por que somos presentes.
Se somos presentes com tanto resquícios que guardamos,
com tantos desejos de talvez algum dia,
é por que somos ausentes.
Se somos ausentes com ares de palavra doída,
com saudade e remorço e dias triste,
é por que somos sensíveis.
Se somos sensíveis com alma e sentidos,
com abraços apertados e sorrisos abertos,
é por que somos humanos.
E se somos humanos com erros e acertos do engano,
com medos e escuros escondidos,
é por que...
somos feitos com a textura do amor
e com amor, estranhamente, vivemos!



o alquimista

3 comentários:

sblogonoff café disse...

com amor, estranhamente, vivemos!

Para todo questionamento que faço, sobre qualquer coisa no mundo,
diante do deserto inóspito, ou do dom apocalíptico do acelerado de partículas, com teor ateu do meu ceticismo, com o abandono crente de meu coração que crê, para qualquer desordem no universo, ou qualquer equação sem tanta lógica, eis o amor, a mais fantástica, cruel, verdadeira, fatal e tão desmedidamente simples resposta.
e com ele estranhamente vivemos.

garfo sem dentes disse...

sim,
somos humanos
às vezes presentes
outrora ausentes,
mas humanos,
dizem por aí que errar é humano...
seriamos nós um ERRO (?)

um abraço
do Felipe Godoy

alma livre disse...

quando palavras me faltam como agora é porque está na hora só de sentir...sentir suas palavras tateando sim minh'alma que é livre, mas pousa a quem lhe alimente de sentimentos puros e ternos!
Ah...Alquimista agora me dói a distância, por não poder lhe sorrir abertamente e lhe dar um abraço apertado e comprido...
poesia e ternura sempre,
Moça Poeta.