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Despeço-me do peso de um bissexto,
deixo ao lado do palco um vão de vento,
dois olhares presos, sim e não deixo encostado no encontro do horizonte com o inesperado.
Abandono lá de mim essa história
melhor silenciada e límpida,
que reste apenas cada toque febril,
cada movimento tenso, cada sombra trêmula e viva.
Adeus aos teus quartos dos fundos e à tuas passagens insanas, ao teu relevo expositivo e à tua sala aberta de lugares estendidos.
Adeus ao teu teto e às tuas luzes e ao teu ressoar de sopro nú.
Adeus Casa,
que já não sou digno de confessar-me em ti.
Piso em teu palco pela vez tardia.
Adeus!
Um comentário:
quanto tempo, colega poeta!
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