quarta-feira, janeiro 02, 2013

álbum antigo


A pouca luz, a pouca sombra,
o sopro poente fremi...
Essa presença, esse perfil,
esse movimento silencioso do tempo
torna perplexos-ecóicos
os sentidos do corpo.


Mesmo que as palavras
adormeçam suspiradas,
detenham-se em sonho
com soslaios rudimentos,
mesmo que a sinergia dos amantes
fecunde solos áridos
e lance anelos e rupturas
e negações concubinatas,
encolherás todas as fibras
à recrudescência das nuvens
para sorver suavemente
as líquidas quimeras do teu relicário.


Alada suspeitas Ismália e voas
ambivalente... sobre o éter,
sobre os medrantes estorvos
do que infinda nas mãos, nos olhos
e resta acre sobre os lábios
como sombra, como luz
como marcas e resquícios...
como o infinito...

Nenhum comentário: