sexta-feira, março 14, 2008

Para Balzac

Este soneto foi composto pelo poeta Sebastião Noronha. Faz parte do livro Perfis, lançado em Belo Horizonte em 1970. Aqui, uma justa homenagem aos dois!


BALZAC (HONORÉ DE)


Dôres e anseios do mundo,
soube-os contar, foi além...
Não seria tão profundo,
não os sentisse também.

Onde houve amor, foi presente.
Desde o palácio à choupana.
Ninguém mais profundamente
sentiu a comédia humana.

Enlêvo e aflições, a vida:
tanta angústia dolorida,
que nem na ilusão se acalma.

Para o exaltar de uma vez,
basta dizer que êle fêz
Victor Hugo crer numa alma.



Sebastião Noronha

Um comentário:

sblogonoff café disse...

Menino, e eu aqui, sem sentir profundamente a comédia humana, mas fazendo parte dela, já sou quase uma balzaquiana...