Este soneto foi composto pelo poeta Sebastião Noronha. Faz parte do livro Perfis, lançado em Belo Horizonte em 1970. Aqui, uma justa homenagem aos dois!
BALZAC (HONORÉ DE)
Dôres e anseios do mundo,
soube-os contar, foi além...
Não seria tão profundo,
não os sentisse também.
Onde houve amor, foi presente.
Desde o palácio à choupana.
Ninguém mais profundamente
sentiu a comédia humana.
Enlêvo e aflições, a vida:
tanta angústia dolorida,
que nem na ilusão se acalma.
Para o exaltar de uma vez,
basta dizer que êle fêz
Victor Hugo crer numa alma.
Sebastião Noronha
Um comentário:
Menino, e eu aqui, sem sentir profundamente a comédia humana, mas fazendo parte dela, já sou quase uma balzaquiana...
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