terça-feira, maio 06, 2008

.desfolhagens.



Não... as folhas caem naturalmente
nas águas do rio,
navegam.
Enquanto as pedras fazem pose
de aranha, de objeto
no curso do discurso!

Não... as folhas, marginais que são,
no tempo, não
pedem explicação.
Quando fólha a correnteza
dos cuspis espumantes
nunca tem certeza!

Não... as folhas tem outono
para se lançarem
secas.
Enquanto quedas, desníveis
espraiem-se entre as metas:
natureza?

Um comentário:

sblogonoff café disse...

Para mim é a ordem das coisas, crescer, verdejar por aí, conquistar as brisas, os ventos, realizar fotossínteses, clorofilar os enredos, envelhecer, e sob as regras da gravidade, cair, assim...
Caso caiam nas águas, ainda terão outro curso, outras vivências não menos marginais. Estarão na substância dos rios, bem mais que nas margens.
Irão.
Se caem no chão, mais sódido será o futuro.
Nâo sei se é melhor estar à mercê dos ventos ou da correnteza!
Rs.
Melhor é não estar presa à um ser que tem raíz, pois ao cair a folha se emancipa!
Ó, como é belo o outono!!!
Como gosto dos cabelos brancos dos meus pais!