segunda-feira, maio 12, 2008

.dever.

Devia permanecer respirando em tua nuca
e nunca retirar
meu corpo do teu corpo.

Devia, ainda, percorrer as tuas vertebras,
morder as tuas costas
e em teu seio, devia, adormecer.

Devia suspirar instintos em teus ouvidos,
em teu umbigo
deixar minha saliva.

Devia, em tua curva mais ousada,
abandonar a razão
da minha existência, a minha história...

Devia, em ti, ser demora!

Um comentário:

Fernanda Motta disse...

Linda essa poesia !!! Beijos Fernanda