terça-feira, maio 06, 2008

a sua poesia é sonho de recobrir vendaval

XXXVII
a Monica de Aquino





Não há coincidência no templo do tempo!

Nem há o esoterismo dos jornais.

Mas provoca-me...

deixa-me desequilibrado

o teu nome.

Não pode ser somente

por causa do meu nome,

nem por que, à vez, brincamos com as palavras.

Não pode ser somente

porque li você

e temi - conhecer seu sopro...


Não pode ser apenas

palavras que se repetem,

não pode ser um erro

de conexão,

um erro dos correios

e nem pode ser o meio

por que tento meios.

Não!

Parece que somos parecentes

e temos que nos conhecermos,

mesmo que seja por poemas

(que é a melhor forma de anularmos julgamento

e deixarmos voar nos ventos

tudo que for mais pesado)

pois não há coincidência no templo do tempo!

...

Não é porque adoro os teus versos!
Nem isso...



Esse poema é de 2006, feito para um poetisa linda que morava em BH. Ela se chama Mônica de Aquino, o mesmo nome da minha irmã, e nunca estivemos frente a frente, sempre verso a verso. Para você Mônica, toda poesia do mundo!

Um comentário:

sblogonoff café disse...

É bacana isso.
De repente, a melhor maneira de estar bem próximo a alguém é estar distante e ver por dentro.
Poemas e poesias é a vista interna.
De perto, somos muito mais normais que o Caetano pensava!