Não,
não se escreve por razão,
é sobre o corpo algo preciso,
calado
e
sonoro,
algo que ilumina,
algo que água a boca,
perfuma
e
adoça
e
fede
e
salga,
algo de sentidos próprios,
algo de perceber desatento,
sentimento
e
intento,
algo que se atreve,
algo de resposta ao vento,
nada
e
tudo,
algo que de tão preciso...
algo que de tão metafórico,
pertuba
e
aquieta,
algo que escapa frágil
e
se oferta intenso.
2 comentários:
Se escreve por... todo o resto então.
Também sinto falta de escrever, e de me identificar em poesia assim.
Um dia eu volto, será?
E que esse algo não desapareç nunca.
Saudades, poeta!
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