terça-feira, julho 21, 2009

pequenas linguísticas

Não é o movimento que torna à linguagem,
não é a linguagem que torna ao movimento:
antes tudo abstrato.

Não há trato com o inesperado,
não há contrato possível de sorte:
cada qual, cada caso.

Não se movimenta o tempo em silêncio,
não se temporalisa o silêncio dos corpos:
sempre teimam ruídos.

Não reage o ponto à frase,
não resta mais períodos comumente simples
de nenhuma ranhura.

São tão desertas as bélicas dicotomias,
os duplos que em tempo devem
silenciar uníssonos.

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