Não é o movimento que torna à linguagem,
não é a linguagem que torna ao movimento:
antes tudo abstrato.
Não há trato com o inesperado,
não há contrato possível de sorte:
cada qual, cada caso.
Não se movimenta o tempo em silêncio,
não se temporalisa o silêncio dos corpos:
sempre teimam ruídos.
Não reage o ponto à frase,
não resta mais períodos comumente simples
de nenhuma ranhura.
São tão desertas as bélicas dicotomias,
os duplos que em tempo devem
silenciar uníssonos.
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