terça-feira, outubro 28, 2008

póstumo

Eu sempre soube:
o lance é a morte!
Que não me meta a vida nesse dito.
A força de um sertanejo,
que o sertanejo é antes de tudo um forte,
está no suporte da certeza de morte torta,
seca de secura exposta,
pálida imagem de olhos cerrados.
Grita e a morte é um estado poético conforto:
melhor poeta, que seja morto!

Um comentário:

sblogonoff café disse...

Foi até engraçado!
Ouvi mais cedo que este é o estado preferencial dos bandidos.
Poetas não são bandidos.
Nem mesmo os bandidos poetas.
Cada estrela que morre faz nascer novos corpos cósmicos.
QUe a poesia se espalhe então, de cada poeta morto, como transformação do metafísico em um fogo fátuo!
O fogo que nunca se apaga!

Beijos!