sexta-feira, janeiro 02, 2009

nesta cidade

Pela cidade estendida ao olhar confuso,
sigo e me perco indiferente.







Nela se encontra a vida que encerra
muito de minha questão existente.







Eu não me lembro em qual pretérita esquina
nos encontramos de repente,
mas lembro-me de como me deste
um olhar de cidade diferente.







Perco o passo nessas ruas estreitas,
avenidas largas, praças vazias.







Meu coração segue essa seita
que pela noite se sacia,
que se embriaga na madrugada
e sobe a serra pela trilha.
Perco os passos, rumo à casa,
quando a boemia se desfaz no dia.
Perco o passo nessas ruas estreitas,
avenidas largas, praças vazias.






Nessa cidade minha voz não silencia
o verbo dessa terra tão rouca,
tão perplexa de tão pouca, louca...
Em cada esquina uma poesia!






Nessa cidade os meus eternizados
caminham em minha companhia,
estamos serenos, sonhadores, santificados
nesse tempo de tantas vidas.
Distante daqui, mesmo que não corte
essa cidade é quase uma ferida!

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