sábado, janeiro 10, 2009

registrado

olhares.aeiou.pt





Tudo que o amor registrar
o fará em pedra
para eternidade dos ventos.
E as eras hão de ocultar
cada verbo:
depois da chuva,
enquanto noite
antes do amanhecer.
O amor criptografado,
esculpido em sonhos
e desenhos de enseadas.




Cada ranhura perpetuará
o signo da plenitude
nas paredes do tempo, amor,
em traços profundos,
com cor distinta
em cada relevo mineral!
O amor assim será antigo,
suspeito de caminhos,
e indicará que há perdão,
mas que o menor toque pode queimar
as mãos.

3 comentários:

alma livre disse...

pode queimar as mãos e assim o corpo inteiro...mas a alma permanece, não intacta mas forte e aquela que carregar o amor consigo perpetuará assim como este sentimento e voará...espero que livre, pois amor além de tudo é liberdade e doação...o sutil de cada ser levando a essência do mundo bom...assim é o que vejo e o que espero hoje...e sempre!!!!
ternura e admiração sempre,
Moça Poeta.

Beatriz disse...

Quanta verdade, hen?
Eu continuo sendo uma admiradora quase sempre silenciosa do que voce escreve...
Amor é eterno?

Anônimo disse...

...e quebrar nas colisões...