quarta-feira, agosto 20, 2008

à moda de C.D.A.

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Bom dia!Bom dia! Ele dizia
aos quatro ventos da esquina,
dos cruzamentos das vias,
às arvores agitando os galhos,
ao balé dos pássaros
e ao colorido que o sol imprime nos muros!
Bom dia! Ele dizia
ao homem calado,
à mulher que discursa um resumo
da telenovela, do jogo, do filme...
às crianças indo para escola,
aos que nascituros homens alados.
Bom dia!
Mas se não for um dia bom
ele dirá: bom dia!
E a poesia se fará
como há muito se fez o dia!
Bom dia!Ele sorri,
mas o sorriso é antes distante,
é um pensamento distante,
é um mar de lembranças de amar recente,
é um abraço desconcertante e ardente,
é um toque, quiçá um retoque fremente
no corpo febril e temente,
um ar de quem vai consentir sonhar
conchas de papel, cristais de amanhecer.
Ele quer dizer: Bom dia!
Somente para você!



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Um comentário:

Unknown disse...

amigo poeta,
gosto tanto de ler a sua poesia!
O livro ainda nao chegou. Snif!
Mas assim que chegar vou ler todinho e comentar com você as preferidas.
Abraço grande e desejos de paz!