por que meus passos maculam as pedras
e três vezes o silêncio se fez poeira,
por que na última noite não veio o sonho
e se calou gritos e gritos de festejo.
por que meu canto num distante arpejo
selou as trincas cristalinas da madrugada
e entre estrelas gregas esquartejadas
o mito do poema de um homem nascituro.
por que aqueles versos ditavam futuros
e aquelas mãos trêmulas passados sentiam,
por que não era possível o renascimento
enquanto só o tempo tremulava na caligrafia.
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